Os familiares do vereador César Araújo Veras (PSB), de 51 anos, relataram não saber o que pode ter motivado a morte dele. O parlamentar foi assassinado por um garçom em um restaurante de Camocim, no Ceará, neste domingo (28). Outros dois homens (um deles dono do estabelecimento) também foram esfaqueados pelo garçom Antônio Charlan Rocha Souza — preso no mesmo dia do crime.
“A pessoa estar sadia, sair para almoçar com a família e acontece uma fatalidade dessa… Não tem como não chocar, não tem como não doer dobrado. É isso que a gente sente. Que Deus nos conforte, porque é disso que a gente está precisando agora, de conforto”, lamentou Elda Raquel Veras Barros, prima da vítima.
Elda Raquel comentou ainda que a família estranha o fato de que a vítima e o garçom tinham uma boa relação antes do crime. “A família está muito abalada, sem condição de falar. Estamos sem palavras. O César era querido até pela pessoa que tirou a vida dele. Acostumado a brincar com ele, a gente sentava junto [no restaurante], inclusive, meu esposo. Ele sempre bem-humorado. Não sei o que aconteceu”, disse Elda.
“É um momento muito doloroso, uma morte trágica, que é o que tem causado mais dor na família, porque a morte é uma coisa da qual a gente não foge, mas não foi normal. Então, a dor é muito grande”, complementou.
A incerteza com relação à motivação do crime também foi citada por Jandira Veras, outra familiar da vítima. “É uma coisa muito difícil da gente entender, mas o povo diz que ele [garçom] tinha dado um surto. Nós não sabemos como foi que aconteceu, porque dizem que esse garçom era uma pessoa muito boa, se dava com todo mundo”, disse.