Moraes marca interrogatórios de Bolsonaro e réus em ação no STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes marcou para 9 de junho o início dos interrogatórios dos réus da ação penal que investiga uma suposta trama golpista. Esses investigados compõem o chamado núcleo crucial da trama. Ao todo, há 8 pessoas nesse grupo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os trabalhos começarão com o interrogatório do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid.

Após o interrogatório de Cid, os demais réus prestarão esclarecimentos. O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) será o primeiro — com base na ordem alfabética. Como a duração dos interrogatórios varia conforme o depoente, não é possível determinar, com certeza, em qual dia cada um dos réus falará.

Veja como ficará a ordem dos réus que serão ouvidos no STF, após o interrogatório de Mauro Cid:

  1. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  2. Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
  3. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  4. General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  5. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  6. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
  7. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Calendário dos interrogatórios:

9/6 – começa 14h, com o delator Mauro Cid;
10/6 – das 9h às 20h;
11/6 – 8h às 10h;
12/6 – das 9h às 13h; e
13/6 – das 9h às 20h.

Todos os réus serão ouvidos presencialmente no Supremo, com exceção do ex-candidato a vice-presidente e general do Exército, Walter Souza Braga Netto. O general está detido no Rio de Janeiro.

As datas foram marcadas após o depoimento do senador Rogério Marinho (PL-RN), ouvido na tarde desta segunda-feira (2/6), como testemunha de Bolsonaro.

Saiba quais são os crimes imputados contra Bolsonaro e 7 réus:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Os investigados foram denunciados pela PGR por participação em uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. A denúncia foi aceita por unanimidade, e a Primeira Turma analisa o caso por meio de ação penal. Compõem a Primeira Turma: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

 

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